Periodontia – Saúde da Gengiva – Laser
Muitas vezes relacionamos a ida ao consultório com a dor nos dentes, cáries e estética e acabamos nos esquecendo da saúde gengival.
A Periodontia ou periodontologia (peri: em volta de, Odonto: dente) é a ciência que estuda e trata as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes. (gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar)
Este aparelho é formado por osso alveolar, ligamento periodontal e cemento.
As alterações e doenças periodontais mais comuns são:
Tais alterações podem gerar graves consequencias ao organismo como perdas ósseas e perda de tecido gengiva. Nestes casos é necessário intervenções como:
Condições sistêmicas e hábitos deletérios podem favorecer o aparecimento da doença periodontal.
Atualmente percebe-se uma relação da doença periodontal com artrite reumatóide, doenças renais, diabétes, e osteoporose.
Doenças como infarto agudo do miocárdio, partos prematuros, infecções pulmonares, AVC e úlceras também têm sido associados à periodontite.
A inflamação contínua do periodonto (gengivite/periodontite) e da presença direta de colônias de bactérias que habitam este tecido gengival.
A inflamação contínua da gengiva e os tecidos circundantes (gengivite/periodontite) gera uma vasodilatação (aumento do calibre dos vasos sanguíneos) tornando a membrana destes vasos mais permeáveis.
Como a presença de bactérias é alto, a probabilidade de que estas bactérias proliferarem para o periodonto (periodontite) e entrem na corrente sanguínea também é alto.
Uma vez na corrente sanguínea, estas bactérias oriundas da boca podem:
Segundo orientação da American Heart Association, 1997, pacientes com alto risco de doença aterosclerótica devem se submeter a um exame periodontal completo.
Pacientes com doença periodontal devem ter uma história médica bem detalhada, que avalie as condições sistêmicas, medicamentos, fatores de risco para aterosclerose e condições relacionadas com a doença cardíaca e AVC.
O tratamento de pacientes com doença periodontal e doença aterosclerótica preexistente, com AVC, IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) não-fatal e aterosclerose em geral, deve receber um trabalho coordenado dos profissionais da saúde para assegurar que o mesmo está sendo tratado adequadamente, considerando-se a parte médica e dental e as complicações.
A associação destas doenças é de grande valor na prática odontológica. Por isso, é apropriado enfatizar ao paciente que a melhora na condição bucal promove, não só a manutenção dos dentes, mas também reduz o risco de doenças cardíacas.
O cirurgião-dentista, especialmente o periodontista, deve ser conhecedor das evidentes relações entre doença periodontal e cardiopatias.
Deste modo, é possível estabelecer um contato com o cardiologista de forma científica , oferecendo assim possibilidades de prevenção e tratamento mais eficazes para os pacientes.
O tártaro é uma formação do depósito de placas bacterianas que ao reagirem quimicamente com o cálcio da saliva formam uma camada dura sobre os dentes.
Tal camada não é removida facilmente pela escovação diária dos dentes, sendo necessário a intervenção do cirurgião-dentista para sua remoção.
Esta remoção pode ser manual através de raspagem com uso de uma cureta, contudo o uso de ultrassom e jato de bicarbonato é possui maior eficiência e eficácia.
O uso correto do fio dental e da escova pode prevenir o aparecimento de tal doença.
Aparelhos complementares da higiene bucal com jatos de água (Water Pik) podem favorecer a higienização e consequentemente evitar o aparecimento da placa bacteriana.
A falta de higienização adequada também pode comprometer a saúde da gengiva.
O principal sinal de inflamação é muito fácil de ser observado: o sangramento gengival na hora da escovação, fio dental e até mesmo durante o sono.
A inflamação que começou na gengiva (gengivite) começa a agredir o osso (periodontite), e este “foge”, ele reabsorve, e não volta mais.
As consequencias comuns são a menor estrutura de suporte para o dente que tende a ter mais mobilidade, e uma mudança significativa de nosso sistema de defesa do organismo.
Um dos primeiros sintomas de que ela está com algum problema é a presença de inchaços, cor avermelhada e sangramento durante a escovação.
Se a gengivite não for tratada, a infecção pode se “espalhar” e comprometer a estrutura que sustenta os dentes. Isto permite que a placa bacteriana se mova em direção às raízes, às fibras de sustentação e ao osso.
Enxertos Gengivais. As alterações gengivais mais comuns são as retrações gengivais, alterações de papilas, perdas de altura e espessura, e perda de tecidos moles em volta dos implantes.
Para alguns destes casos, o método mais indicado é a cirurgia plástica periodontal.
As cirurgias periodontais visam a correção dos defeitos gengivais e tecidos moles nas regiões que apresentam algum tipo de comprometimento estético, principalmente quando é perceptível a raiz do dente ao sorrir ou conversar.
Em outros casos, eles podem servir para raízes que apresentam sensibilidade às oscilações do tempo.
A relação entre a doença periodontal e a diabetes pode ser relacionada e infuenciada por fatores como o controle glicêmico, duração da doença, cuidados com a saúde bucal, susceptibilidade à doença periodontal e hábitos, como por exemplo o de fumar.
Atualmente, na Periodontia, é cientificamente apontado que a doença periodontal está ligada ao controle metabólico de modo bidirecional, ou seja, influenciando e sofrendo influência da diabetes.
Infecções periodontais podem, como qualquer outro tipo de infecção, dificultar o controle da glicemia do paciente diabético, devido ao fato de que uma infecção aguda pode predispor à resistência à insulina, desencadeando um estado de hiperglicemia crônica.
Diversas evidências científicas têm apontado que a presença do bioifilme bacteriano no diabético provoca uma inflamação gengival mais acentuada do que o faria em um paciente não diabético.
Também há evidências científicas apontando que indivíduos com controle glicêmico deficiente podem apresentar doenças mais graves nos tecidos periodontais e perdas mais rápidas do que as pessoas com bom controle metabólico.
Embora nem toda inflamação gengival evolua para doença periodontal destrutiva, o desequilíbrio no metabolismo glicêmico cria um ambiente favorável para a atuação do biofilme já existente, o que predispõe os indivíduos diabéticos jovens à situação de maior risco de desenvolver a doença periodontal na idade adulta.
O fumo é considerado um dos principais fatores de risco para a doença periodontal.
Além de aumentar sua severidade e incidência, também influencia negativamente o tratamento.
O tabagismo diminui o ganho gengival após a terapia periodontal e promove piores resultados nas cirurgias de recobrimento radicular.
Tratamentos de terapia periodontal não são contra-indicados em fumantes, entretanto deve-se entenderas limitações em relação aos resultados finais esperados.
O ideal é o abandono deste hábito nocivo.
A prevenção e a correta higiene bucal cooperam para a manutenção do dente.
A substituição por implante ocorre somente em casos onde a Periodontia não oferece mais vantagens na relação custo e benefícios ao paciente.