Óxido Nitroso

Sedação Consciente – Analgesia Inalatória c/ NO2


Proporcionar aos pacientes maior conforto durante os procedimentos odontológicos, diminuindo o medo, o estresse e a ansiedade durante o atendimento e proporcionando uma sensação de relaxamento.

Esta condição é atingida com o uso da sedação consciente com óxido nitroso e oxigênio. Trata-se de uma técnica de sedação leve, segura, com uma depressão mínima do nível de consciência. A sedação por meio do óxido nitroso permite que o paciente mantenha a respiração espontânea, respondendo aos estímulos físicos e verbais e que se reestabeleça imediatamente após a finalização da administração.

Isto ocorre porque o óxido nitroso é um gás anestésico de menor potência, de absorção e eliminação rápida, que controla a ansiedade e proporciona uma sensação de relaxamento e conforto ao paciente.

Esta técnica chegou para facilitar o tratamento odontológico nos pacientes mais ansiosos e com traumas gerados por atendimentos anteriores.

O óxido nitroso é um gás incolor, com odor e sabores agradáveis, não irritantes e que não sofre metabolização pelo organismo, atingindo rapidamente a concentração desejada. Também apresenta início e término de seus efeitos extremamente rápidos após a remoção do gás.

Indicações

Como o óxido nitroso não apresenta efeitos adversos sobre o sistema cardiovascular e respiratório nem mesmo sobre o fígado, rins e cérebro seu uso é indicado para pacientes que requerem cuidados especiais como cardiopatas, diabéticos, hipertensos, gestantes e até mesmo crianças. Além disto o óxido nitroso está indicado para pacientes que tenham medo ou desconforto significativo durante atendimentos odontológicos.

Contra indicações

São poucos os casos onde o óxido nitroso não é aconselhado. Dentre eles pacientes com alterações de personalidade, respiradores bucais e pacientes com obstruções das vias respiratórias (resfriados), sinusites ou com doença pulmonar crônica.

Não existem contra indicações absolutas e sim contra indicações relativas.

Habilitação

Para esta técnica ser utilizada em consultório odontológico o cirurgião dentista deve se habilitar em um curso específico para tal. Este curso tem duração de 96 horas e no Brasil a habilitação está baseada na resolução 51/2004 do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Monitoramento constante

Todo o procedimento é monitorado através de oxímetro de pulso. Tal aparelho é capaz de aferir a concentração de oxigênio no sangue de forma não invasiva, além de também monitorar o ritmo cardíaco do paciente.

Além do oxímetro de pulso, o esfignomanômetro (aparelho de pressão) monitora a pressão arterial do paciente antes, durante e após o procedimento.

História do Óxido Nitroso

O óxido nitroso foi descoberto pelo pesquisador Joseph Priestley por volta de 1770. Os primeiros relatos de inalação do óxido nitroso foram descritos em 1800 por Humphrey Davy. Porém por quatro décadas o uso do óxido foi apenas recreacional. Horace wells, um dentista americano, foi o primeiro a utilizar o gás em procedimentos odontológicos em 1844.

Em 1868, Edmunds Andrews, sugeriu a mistura pré-dosada de óxido nitroso com oxigênio, misturando 80% de óxido nitroso com 20% de oxigênio. Neste mesmo ano, Paul Bert desenvolveu o primeiro aparelho para administrar a mistura de óxido nitroso com oxigênio. Em 1949, através de Harry Langa, houve a difusão da técnica na qual a Odontologia foi a principal área da saúde a utilizar este procedimento.

A Segurança da Técnica

Baseando em outros países como Dinamarca, Suécia, Japão e França, que já usam esta técnica a bastante tempo e nos Estados Unidos , onde 90% dos consultórios de Odontopediatria utilizam tal técnica, podemos afirmar que a segurança de seu uso é mais que comprovada. Além disto, a ADA (America Dental Association) e o FDA (Food and Drugs Administration) regulamentam e aprovam o uso da técnica.

Tal técnica preconiza no máximo o uso de 70% de óxido nitroso e 30% de oxigênio, contudo seus efeitos já podem ser satisfatórios em concentrações menores com 20% de óxido nitroso para 80% de oxigênio. Tal concentração vai variar de indivíduo para indivíduo.

Em pacientes ansiosos, a cooperação durante o atendimento é diminuída e os mesmos se tornam susceptíveis a complicações como palpitações (síncope vaso-depressiva), respirações ofegantes (síndrome da hiperventilação), pânico. A descarga de adrenalina do próprio paciente (adrenalina endógena) nestas condições se torna alta.

Em pacientes que requerem cuidados especiais como crianças, idosos, gestantes, diabéticos, portadores de alterações cardiovasculares este nível de adrenalina não é bom e pode gerar complicações.

Por esta razão, para este grupo de pacientes, o controle da ansiedade através de técnicas de sedação, como o óxido nitroso, é uma necessidade.

Equipamentos

O equipamento é basicamente um fluxômetro (regulador de fluxo de gases e misturador) que está ligado aos tubos de óxido nitroso e de oxigênio. Tal equipamento possui uma máscara nasal que se adapta confortavelmente ao rosto do paciente, ministrando a mistura gasosa de odor agradável. São equipamentos importados e em grande parte de origem americana.

 Tal equipamento possui válvulas de segurança que impedem a ministração de óxido nitroso em concentração elevada (superior a 70% de óxido nitroso e 30% de oxigênio) e também na ausência do oxigênio.

Óxido Nitroso na Odontopediatria

O uso do gás de óxido nitroso como fonte de analgesia relativa em crianças para o tratamento odontológico vem sendo cada vez mais utilizado. Desde a década de 60 muitos autores da Europa e Estados Unidos vem relatando a respeito da utilização deste recurso, como auxiliar no controle da tensão e ansiedade nos consultórios de odontopediatria. Em 1987, 73% dos membros da Academia Americana de Odontopediatria utilizavam óxido nitroso em sua prática diária.

A analgesia com óxido nitroso ocupa um papel muito importante para o oferecimento do tratamento odontológico sem dor e emocionalmente atraumático, segundo relato de Hazlet em 1970. O autor acredita, após estudos, que o óxido nitroso favorece o controle da criança durante o tratamento, oferecendo mais conforto e maior segurança, sem gerar traumas.

Baseado nos relatos apresentados e disponíveis na literatura odontológica mundial, pode-se concluir que a analgesia relativa com oxigênio e óxido nitroso constitui um elemento de grande valia no controle da dor e ansiedade, além de aumentar a tolerância quanto ao tempo de cadeira necessário para a execução do tratamento odontopediátrico.

Auxilia de forma efetiva o atendimento, tornando os pacientes mais colaboradores e diminuindo a resistência ao retorno às consultas. Possibilita a finalização do tratamento de forma positiva e ainda contribui para diminuir o stress na administração do anestésico local.

Credibilidade

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